Lev Vygotsky

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A obra do pesquisador bielorrusso Lev Semyonovitch Vygotsky (1896-1934) foi gerada contra o pano de fundo do domínio sobre o pensamento psicológico da época do reducionismo biológico, pelo qual se buscava explicar todos os fenômenos psicológicos com base em fatores observáveis em estudos com animais.

Embora Vygotsky não negasse a importância dos fatores biológicos, sua formação intelectual marxista não permitia que ele atribuísse a esses fatores a primazia nas explicações do desenvolvimento humano, afinal, segundo Marx, o homem distinguira-se dos animais a partir do trabalho e da produção socialmente organizados. Sendo assim, para Vygotsky, além de certo ponto do desenvolvimento, as forças biológicas não podem mais ser vistas como as forças de mudança únicas ou mesmo primárias.

Graças a seus estudos da filosofia e das ciências da linguagem, Vygotsky foi capaz de superar o reducionismo biológico dominante e de criar as bases de uma psicologia de orientação social ou, em outras palavras, de combinar várias vertentes de investigação em uma abordagem própria que não isola os indivíduos do ambiente sociocultural em que eles funcionam. 

Provavelmente em função de sua leitura de Espinoza, Vygotsky insistia que o individual [ou biológico] e o cultural devem ser concebidos como elementos mutuamente formativos de um sistema único, interativo, e a cultura e a sociedade atuam como fatores geradores na produção da mente e não como meros fatores externos a ela.

Para saber mais sobre esse pesquisador, visite o site Marxistas.org.

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